Lisa O'Brien *
como administrar.....
Sam explodiu para dentro da sala de aula. Mexeu no material de todas as mesas de atividades mas não ficou sentado tempo suficiente para completar nenhuma delas. Cinco minutos depois de ter entrado na salal, gritou: "O que é que eu posso fazer agora?" Brincou com brinquedos que não estavam incluídos nas atividades planejadas. Na hora da arrumação, fez barulho, andou de um lado para o outro e resistiu seriamente à mudança de atividade. Durante o trabalho de grupo, esteve irrequieto, interrompeu os trabalhos e, finalmente, se levantou e ficou andando pela sala. Quando a mãe de Sam veio buscá-lo no final da aula, falei que tinha sido um dia difícil mas que eu faria o melhor possível para ajudá-lo a ter um bom ano Disse que estava contente de Sam estar na minha sala. Eu estava dizendo a verdade, mas fiquei preocupada imaginando o quanto Sam poderia aprender neste ano e se eu teria a paciência e o preparo para controlar adequadamente seu comportamento desafiador. Sabia que era necessário conseguir uma parceria com seus pais e aplicar estratégias práticas para poder obter sucesso.
Sam, com as outras 3 a 5% crianças em idade escolar, tem TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade). Ter TDAH é como ser míope — o mundo está fora de foco. Você já tentou dirigir com cerração forte? Crianças com TDAH não conseguem focalizar a atenção nas coisas por muito tempo e logo se sentem irrequietas e aborrecidas, de modo que seguem um estímulo atrás do outro, sempre insatisfeitas, não conseguindo completar quase nenhuma atividade. Crianças com TDAH não enxergam com antecedência as conseqüências de uma ação, nem aprendem facilmente as lições que essas conseqüências trazem. Vivem o momento presente, levadas pelo impulso e pela necessidade de estímulo. Como resultado, não pensam no perigo de atravessar a rua atrás de uma bola ou de conversar com estranhos. Uma criança com TDAH pula de uma árvore, quebra a perna e, assim que tira o gesso vai lá e pula outra vez. Socialmente, sentem que estão dois passos atrás dos colegas. Emocionalmente, freqüentemente estão dois ou três anos atrás dos colegas. Infelizmente, crianças com TDAH são pouco compreendidas e muitas vezes classificadas como preguiçosas, não inteligentes ou problemáticas. Na realidade, muitas dessas crianças se esforçam muito para modificar o comportamento, mas seu esforço nunca é suficiente para modificar a impressão que se tem delas. Para crianças com TDAH, a vida é uma experiência frustrante. Para falar a verdade, elas se sentem tão frustradas quanto seus professores.
Se você é um professor que enfrenta o desafio de uma criança com TDAH, é possível modificar a sala de aula e suas lições de modo que o ambiente seja mais feliz e mais tranqüilo para você, seu aluno com TDAH e as outras crianças da turma. Aqui vão algumas sugestões.
Hora da arrumação. Avise com antecedência a criança com TDAH que haverá uma mudança de atividade. Acerte o alarme do relógio para ela saber quanto tempo tem para sua arrumação. Seja firme mas reforce positivamente durante as transições. Elogiar e premiar se ela conseguir se arrumar e se unir ao grupo antes do alarme soar.
Hora de grupo/história. Sente a criança perto de você. Permita que ela ajude de alguma maneira (segurando a gravura, passando coisas). Elogiar e premiar quando ela permanecer junto com o grupo durante o tempo todo, ou mais tempo do que da última vez. Isto é extremamente difícil, especialmente para crianças com TDAH muito pequenas.
Hora do lanche. Ensinar a criança a ficar no seu lugar até que tenha acabado de comer. Novamente, coloque o alarme para ela saber quanto tempo tem para comer. Avisar e retirar sua comida se ela sair do lugar. Mostre compreensão para com seu aborrecimento, mas não devolva a comida. É possível que ela perca algum antes de aprender a permanecer sentada até terminar a refeição. Premiar generosamente quando ela finalmente conseguir! (Observação: Isto pode não funcionar com todas as crianças, principalmente com aquelas que não têm fome no horário do lanche devido à medicação. Se a falta de apetite for um problema, talvez seja necessário permitir um horário alternativo para o lanche.)
Hora do descanso. Seguir a mesma rotina a cada vez. Designar um local para o descanso e colocar a criança no mesmo lugar a cada vez. Elogiá-la por ficar no seu "cantinho" e permanecer quieta até a hora do descanso terminar. Muito importante: retirar o maior número que puder de elementos que distraiam. Se você for preparar uma lição ou falar com outro professor durante o horário do descanso, fazer isto longe das vistas e dos ouvidos da criança.
Manter a classe pequena para evitar excesso de estimulação. Se possível, utilizar ajudantes ou outros professores para manter um número não muito grande de alunos por professor. Demonstrar amor, paciência e aceitação. A criança com TDAH necessita da sua ajuda para focalizar e funcionar.
Estruturar. Crianças com TDAH se desenvolvem extraordinariamente dentro de uma estrutura. Siga a mesma rotina dentro da sala de aula. Não ofereça mais de duas atividades ao mesmo tempo. Elogiar atividades que foram completadas.
É importante ensinar as outras crianças que todos somos diferentes, e que todos devem se ajudar. Com as crianças mais velhas da Pré-Escola, dramatizar situações em que uma criança precisa de compreensão, gentileza e ajuda amorosa. Aplicar os conceitos em situações reais da sala de aula. No trato com todas as crianças, utilizar e exigir gentileza. Por exemplo: "Notei que Joana está sendo uma boa amiga ajudando a Márcia a recolher os lápis de cera que caíram no chão" ou "Gosto do jeito que o José está na fila, sem empurrar. Obrigada, José" ou "Vocês viram como a Patrícia está quietinha? Patrícia, você acaba de ganhar uma estrela para a sua agenda".
Você é professor de uma criança muito especial. É muito possível que seu aluno com TDAH seja criativo, inteligente, multi-talentoso e que deseje, acima de tudo, agradar os adultos que o rodeiam. Ele está habituado ao fracasso e a ser mal compreendido pelos outros. O que ele precisa é da sua compreensão, sua aceitação e do seu amor. Se for encorajada e receber oportunidades, essa criança tem um grande potencial para o sucesso.
* Lisa O'Brien foi professora de Educação Especial. Atualmente, trabalha em uma pequena firma de propaganda em Birmingham, Alabama, USA e escreve sobre tópicos educacionais durante seu tempo livre. É membro do CHADD (Crianças e Adultos com TDAH) e tanto ela como seu filho de 3 anos têm TDAH.
Lisa O'Brien *
“É mais fácil construir crianças fortes do que reconstruir adultos quebrados”
A chegada do século XXI era o almejo da humanidade. Não sabíamos que chegaríamos
a ele, mas ele chegou a nós.
Os homens que viveram as décadas anteriores
são os homens do nosso presente, e questionamos suas posições ante a
educação, a saúde, a fé, a solidariedade e a família, sendo o papel desta última
o grande questionamento na sociedade atual. Como tem sido a estruturação
familiar hoje em dia? Qual o papel da família na formação do indivíduo? Que
educação de base as crianças deste século estão tendo na escola, onde muitas
famílias acreditam estar a salvação ou o remédio para sanar a dor dessas crianças
abandonadas pelo limite?
Hoje, o excesso de razão tem feito com que os pais não tenham
a convicção da correção. Psicólogos desse novo século
trazem em suas teorias o trauma da correção, afirmando
que ela, em muitos casos, pode impedir o desenvolvimento
da independência da criança, tornando-a insegura. Os pais
passam a questionar sobre o momento certo para tal correção
acontecer e se perdem no caleidoscópio de regras.
Quem transforma, hoje, as crianças em verdadeiros vencedores?
Quem são os heróis e exemplos dessas crianças,
que clamam por socorro? Quando essas crianças, na escola,
batem em um colega ou cometem pequenas infrações, será
que elas não estão gritando para serem vistas ou ouvidas e
esperam que alguém diga: “Basta!”?
Infelizmente, chegamos a um momento em que deixamos a
educação ser fanada por passeios em shoppings, no Google,
no UOL e em tantos outros sites que substituem os pais,
sites estes que têm sido o livro de ética entre as crianças e
os adolescentes do mundo atual.
E pergunto: o que os pais
e educadores têm a dizer? O título do clássico do cinema
americano Assim Caminha a Humanidade tem sido a desculpa
mais comum entre muitos, porque, muitas vezes, eles
mesmos desconhecem onde cometeram os primeiros erros.
Cometem-se os primeiros erros quando se canta e se acha
engraçado crianças cantando melodias de fácil assimilação
que denigrem a imagem do outro. Peca-se quando se permite
que os meios de comunicação dialoguem mais com os
filhos do que os próprios pais, pois, na maioria do tempo,
estes estão simultaneamente presentes e ausentes. Será que
o limite e a repreensão agora não evitarão a mala de um
camburão no futuro? Estuda-se tanto para criar estratégias
educativas relacionadas ao limite da criança, porém, no
exato momento de colocá-las em prática, pais e educadores
não conseguem. Será que, entre os pais e educadores — educadores
porque, em muitos momentos, são também os responsáveis
por esse limite —, não existe a teoria do espelho?
Seria possível ensinar uma criança a escovar os dentes apenas
dizendo como se faz? Será que esses pais e educadores,
inflados pelo excesso de informação sobre o assunto, seriam
capazes de impor limites a essas crianças se muitos deles
não os tiveram?
Houve décadas na nossa história que foram de suma importância:
as décadas de 1960 e 1970 até meados dos anos 1980.
as essas décadas foram responsáveis pelo dilaceramento
da família. No auge das transformações sociais, quando a
principal regra era quebrar as regras impostas pela ditadura
militar, a família foi dilacerada. Ganharam-se algumas
coisas, mas se perderam os filhos. Os pais daquela época
são os filhos e avós de hoje. Houve uma mudança de comportamento
e uma inversão de respeito e valores. Tudo que
uma regra familiar, como pedir a bênção ou informar
para onde se está indo aos pais, transformou-se em algo
retrógrado. O não que era para ser dito ao autoritarismo da
ditadura passou a ser dito aos pais. A mudança na moda,
a aceitação dos excluídos, a nivelação social, os hippies, o
topless, as drogas, tudo isso transformou a atitude e o comportamento
dos filhos. Infelizmente não entenderam que a
liberdade pela qual lutavam era a liberdade do respeito ao
outro.
O não é tão importante na imposição do limite como
o dar de mamar, que cria a defesa imunológica. O não de
hoje com certeza fará um adulto forte no futuro.
Aprender a receber um não ensinará a criança que a vida
nem sempre lhe dirá um sim, evitando frustrações. Aprender
a receber um não é aprender a dizê-lo também. A criança
que aprende a receber um não também o dirá às drogas, ao
álcool, ao sexo prematuro — evitando tornar-se um adulto
ninfomaníaco —; dirá não aos pequenos furtos, à desonestidade,
à falta de respeito, à mentira. Dirá não a tudo que
tentar substituir os pais.
O problema é que ser pai é muito mais do que apenas
ser “bonzinho” com os filhos. Ser pai é ter uma função
e responsabilidades sociais perante nossos próprios filhos
e a sociedade também.
Portanto, quando decido
negar uma roupa a mais a um filho, mesmo podendo
comprar e sofrendo por dizer-lhe “não”, porque ele já
tem outras dez ou vinte, estou ensinando que existe
um limite para ter. Estou, indiretamente, valorizando
o ser [...]. Porque, para ter tudo na vida quando
adulto, fatalmente ele terá que ser um indivíduo extremamente
competitivo e provavelmente com muita
“flexibilidade” ética. Caso contrário, como conseguir
tudo? Como aceitar qualquer derrota, qualquer “não”,
se nunca lhe fizeram crer que isso é até normal? ( ZAGURY,
Tania. Os Direitos dos Pais: Construindo Cidadãos
em Tempos de Crise. p. 31–32).
São sempre necessários os momentos quase únicos durante
a semana ou os finais de semana, como comer sempre à
mesa, falar do dia de trabalho, dos amigos da escola dos
seus filhos. As relações interpessoais são de fundamental
importância. Os pais têm de lembrar que ordem dada é ordem
jamais tirada, independentemente de quem a tenha
dado. Há crianças que são criadas por tios, babás e avós,
e a presença dos pais é motivo para os conflitos familiares,
com eles sempre lembrando: “O filho é meu, é a mim que
ele tem de obedecer”.
O que chamamos de falta de limite nada mais é do que uma
forma de dizer “Olhem pra mim, estou aqui, me socorram”.
As crianças pedem socorro, os adolescentes clamam. As
crianças não precisam de manual para ser compreendidas,
precisam de pais compromissados. Os pais precisam saber
que há uma enorme diferença entre criar e educar. Crianças
educadas são fortes emocional e fisicamente, crianças criadas
são apenas fortes fisicamente e gastam essa energia de
forma errônea.
O adulto problemático de hoje foi a criança sem limite
do passado; o péssimo pai de hoje foi a criança que não
viu um gesto de perdão entre os pais; o adulto que vemos
hoje em CPIs, envolvido em casos do mensalão, com certeza
foi uma criança sem limite. O narcisismo nas academias, as
cirurgias plásticas, os silicones são formas de aquela criança
que pedia socorro ser vista e amada. O lar conflituoso fará
adultos conflitantes consigo mesmos.
Limitar é ensinar a tolerar frustrações. É prevenir para
que, no futuro, uma dificuldade qualquer não se transforme
em uma barreira intransponível.
Limitar é ensinar que todos temos direitos, mas deveres
também. Limitar é mostrar que o outro também
deve ser considerado quando nos decidimos a agir, que
nunca devemos pensar apenas em nós mesmos, mas,
sim, compreender que vivemos em grupo — ou seja,
convivemos. É, antes de tudo, preparar nossos filhos
para o exercício da cidadania. É, pois, uma parte importante
do trabalho educacional da família. Um pai e
uma mãe conscientes não se deixam levar pelo medo do
que está acontecendo por aí afora; ao contrário, tudo o
que acontece na sociedade deve servir de base para encontros
e conversas com os nossos filhos. E, finalmente,
dar limites é dar responsabilidade, o que implica tornar
nossos filhos, mais cedo, adultos responsáveis (ZAGURY,
Tania. Encurtando a Adolescência. p. 45).
Os limites dados à criança diminuiriam, com certeza, os
problemas de incesto, divórcio, falta de compromisso com
as dívidas a serem pagas, o limite nos cartões de crédito, a
violência no trânsito, os casos de crimes passionais, a falta
de respeito ao outro, e, sem sombra de dúvida, os divãs ficariam
solitários, e os presídios como meio de reeducação
deixariam de ser o lar daqueles que foram órfãos de pais
vivos.
Então, se o desejo da sociedade é construir homens fortes,
precisamos rever nossos conceitos educacionais e travar
uma batalha contra essa invasão inovadora da modernidade
— em que tudo parece ser normal. Os pais estão perdendo os
filhos para um fantasma que os assombra por muito tempo,
e eles não sabem como exorcizá-lo: o fantasma da ausência.
O mundo acelerado exige que se trabalhe cada vez mais
para que os filhos possam ter mais. Porém, será que apenas
isso os satisfaz? Será que não seria muito mais significativo
para uma criança uma conversa ao pé da cama ou um beijo
de boa-noite do que um celular novo? Será que uma visita
repentina à escola não faria mais efeito do que o comparecimento
na festa de final de ano? Existem educadores que
nunca viram os pais dos seus alunos. A escola passou a ser
um orfanato.
Os complexos dos adolescentes e adultos — baixa autoestima;
a insegurança para dar os primeiros passos, escolher
uma profissão, mudar de emprego; ou até mesmo fáceis tarefas
como escolher uma roupa — serão sempre reflexo da
infância sem limite. Quando percebermos que a solução para
esses conflitos é o seio de uma família bem alicerçada pelo
respeito, pelo amor e pelo afeto ao próximo, grandes conflitos
mundiais serão solucionados, porque todos eles são de
ordem pessoal. Será difícil construir uma rocha, mas colher
migalhas perdidas no caminho será sempre impossível.
Referências Bibliográficas
ZAGURY, Tania. Encurtando a Adolescência. 10. ed. Rio de Janeiro:
Record, 2004.
Os Direitos dos Pais: Construindo Cidadãos em Tempos
de Crise. 8. ed. Rio de Janeiro: Record, 2004.
¹ Essa citação é de autoria de Frederick Douglass (1818–1895), um
abolicionista, estadista e escritor afro-americano.
A chegada do século XXI era o almejo da humanidade. Não sabíamos que chegaríamos
a ele, mas ele chegou a nós.
Os homens que viveram as décadas anteriores
são os homens do nosso presente, e questionamos suas posições ante a
educação, a saúde, a fé, a solidariedade e a família, sendo o papel desta última
o grande questionamento na sociedade atual. Como tem sido a estruturação
familiar hoje em dia? Qual o papel da família na formação do indivíduo? Que
educação de base as crianças deste século estão tendo na escola, onde muitas
famílias acreditam estar a salvação ou o remédio para sanar a dor dessas crianças
abandonadas pelo limite?
Hoje, o excesso de razão tem feito com que os pais não tenham
a convicção da correção. Psicólogos desse novo século
trazem em suas teorias o trauma da correção, afirmando
que ela, em muitos casos, pode impedir o desenvolvimento
da independência da criança, tornando-a insegura. Os pais
passam a questionar sobre o momento certo para tal correção
acontecer e se perdem no caleidoscópio de regras.
Quem transforma, hoje, as crianças em verdadeiros vencedores?
Quem são os heróis e exemplos dessas crianças,
que clamam por socorro? Quando essas crianças, na escola,
batem em um colega ou cometem pequenas infrações, será
que elas não estão gritando para serem vistas ou ouvidas e
esperam que alguém diga: “Basta!”?
Infelizmente, chegamos a um momento em que deixamos a
educação ser fanada por passeios em shoppings, no Google,
no UOL e em tantos outros sites que substituem os pais,
sites estes que têm sido o livro de ética entre as crianças e
os adolescentes do mundo atual.
E pergunto: o que os pais
e educadores têm a dizer? O título do clássico do cinema
americano Assim Caminha a Humanidade tem sido a desculpa
mais comum entre muitos, porque, muitas vezes, eles
mesmos desconhecem onde cometeram os primeiros erros.
Cometem-se os primeiros erros quando se canta e se acha
engraçado crianças cantando melodias de fácil assimilação
que denigrem a imagem do outro. Peca-se quando se permite
que os meios de comunicação dialoguem mais com os
filhos do que os próprios pais, pois, na maioria do tempo,
estes estão simultaneamente presentes e ausentes. Será que
o limite e a repreensão agora não evitarão a mala de um
camburão no futuro? Estuda-se tanto para criar estratégias
educativas relacionadas ao limite da criança, porém, no
exato momento de colocá-las em prática, pais e educadores
não conseguem. Será que, entre os pais e educadores — educadores
porque, em muitos momentos, são também os responsáveis
por esse limite —, não existe a teoria do espelho?
Seria possível ensinar uma criança a escovar os dentes apenas
dizendo como se faz? Será que esses pais e educadores,
inflados pelo excesso de informação sobre o assunto, seriam
capazes de impor limites a essas crianças se muitos deles
não os tiveram?
Houve décadas na nossa história que foram de suma importância:
as décadas de 1960 e 1970 até meados dos anos 1980.
as essas décadas foram responsáveis pelo dilaceramento
da família. No auge das transformações sociais, quando a
principal regra era quebrar as regras impostas pela ditadura
militar, a família foi dilacerada. Ganharam-se algumas
coisas, mas se perderam os filhos. Os pais daquela época
são os filhos e avós de hoje. Houve uma mudança de comportamento
e uma inversão de respeito e valores. Tudo que
uma regra familiar, como pedir a bênção ou informar
para onde se está indo aos pais, transformou-se em algo
retrógrado. O não que era para ser dito ao autoritarismo da
ditadura passou a ser dito aos pais. A mudança na moda,
a aceitação dos excluídos, a nivelação social, os hippies, o
topless, as drogas, tudo isso transformou a atitude e o comportamento
dos filhos. Infelizmente não entenderam que a
liberdade pela qual lutavam era a liberdade do respeito ao
outro.
O não é tão importante na imposição do limite como
o dar de mamar, que cria a defesa imunológica. O não de
hoje com certeza fará um adulto forte no futuro.
Aprender a receber um não ensinará a criança que a vida
nem sempre lhe dirá um sim, evitando frustrações. Aprender
a receber um não é aprender a dizê-lo também. A criança
que aprende a receber um não também o dirá às drogas, ao
álcool, ao sexo prematuro — evitando tornar-se um adulto
ninfomaníaco —; dirá não aos pequenos furtos, à desonestidade,
à falta de respeito, à mentira. Dirá não a tudo que
tentar substituir os pais.
O problema é que ser pai é muito mais do que apenas
ser “bonzinho” com os filhos. Ser pai é ter uma função
e responsabilidades sociais perante nossos próprios filhos
e a sociedade também.
Portanto, quando decido
negar uma roupa a mais a um filho, mesmo podendo
comprar e sofrendo por dizer-lhe “não”, porque ele já
tem outras dez ou vinte, estou ensinando que existe
um limite para ter. Estou, indiretamente, valorizando
o ser [...]. Porque, para ter tudo na vida quando
adulto, fatalmente ele terá que ser um indivíduo extremamente
competitivo e provavelmente com muita
“flexibilidade” ética. Caso contrário, como conseguir
tudo? Como aceitar qualquer derrota, qualquer “não”,
se nunca lhe fizeram crer que isso é até normal? ( ZAGURY,
Tania. Os Direitos dos Pais: Construindo Cidadãos
em Tempos de Crise. p. 31–32).
São sempre necessários os momentos quase únicos durante
a semana ou os finais de semana, como comer sempre à
mesa, falar do dia de trabalho, dos amigos da escola dos
seus filhos. As relações interpessoais são de fundamental
importância. Os pais têm de lembrar que ordem dada é ordem
jamais tirada, independentemente de quem a tenha
dado. Há crianças que são criadas por tios, babás e avós,
e a presença dos pais é motivo para os conflitos familiares,
com eles sempre lembrando: “O filho é meu, é a mim que
ele tem de obedecer”.
O que chamamos de falta de limite nada mais é do que uma
forma de dizer “Olhem pra mim, estou aqui, me socorram”.
As crianças pedem socorro, os adolescentes clamam. As
crianças não precisam de manual para ser compreendidas,
precisam de pais compromissados. Os pais precisam saber
que há uma enorme diferença entre criar e educar. Crianças
educadas são fortes emocional e fisicamente, crianças criadas
são apenas fortes fisicamente e gastam essa energia de
forma errônea.
O adulto problemático de hoje foi a criança sem limite
do passado; o péssimo pai de hoje foi a criança que não
viu um gesto de perdão entre os pais; o adulto que vemos
hoje em CPIs, envolvido em casos do mensalão, com certeza
foi uma criança sem limite. O narcisismo nas academias, as
cirurgias plásticas, os silicones são formas de aquela criança
que pedia socorro ser vista e amada. O lar conflituoso fará
adultos conflitantes consigo mesmos.
Limitar é ensinar a tolerar frustrações. É prevenir para
que, no futuro, uma dificuldade qualquer não se transforme
em uma barreira intransponível.
Limitar é ensinar que todos temos direitos, mas deveres
também. Limitar é mostrar que o outro também
deve ser considerado quando nos decidimos a agir, que
nunca devemos pensar apenas em nós mesmos, mas,
sim, compreender que vivemos em grupo — ou seja,
convivemos. É, antes de tudo, preparar nossos filhos
para o exercício da cidadania. É, pois, uma parte importante
do trabalho educacional da família. Um pai e
uma mãe conscientes não se deixam levar pelo medo do
que está acontecendo por aí afora; ao contrário, tudo o
que acontece na sociedade deve servir de base para encontros
e conversas com os nossos filhos. E, finalmente,
dar limites é dar responsabilidade, o que implica tornar
nossos filhos, mais cedo, adultos responsáveis (ZAGURY,
Tania. Encurtando a Adolescência. p. 45).
Os limites dados à criança diminuiriam, com certeza, os
problemas de incesto, divórcio, falta de compromisso com
as dívidas a serem pagas, o limite nos cartões de crédito, a
violência no trânsito, os casos de crimes passionais, a falta
de respeito ao outro, e, sem sombra de dúvida, os divãs ficariam
solitários, e os presídios como meio de reeducação
deixariam de ser o lar daqueles que foram órfãos de pais
vivos.
Então, se o desejo da sociedade é construir homens fortes,
precisamos rever nossos conceitos educacionais e travar
uma batalha contra essa invasão inovadora da modernidade
— em que tudo parece ser normal. Os pais estão perdendo os
filhos para um fantasma que os assombra por muito tempo,
e eles não sabem como exorcizá-lo: o fantasma da ausência.
O mundo acelerado exige que se trabalhe cada vez mais
para que os filhos possam ter mais. Porém, será que apenas
isso os satisfaz? Será que não seria muito mais significativo
para uma criança uma conversa ao pé da cama ou um beijo
de boa-noite do que um celular novo? Será que uma visita
repentina à escola não faria mais efeito do que o comparecimento
na festa de final de ano? Existem educadores que
nunca viram os pais dos seus alunos. A escola passou a ser
um orfanato.
Os complexos dos adolescentes e adultos — baixa autoestima;
a insegurança para dar os primeiros passos, escolher
uma profissão, mudar de emprego; ou até mesmo fáceis tarefas
como escolher uma roupa — serão sempre reflexo da
infância sem limite. Quando percebermos que a solução para
esses conflitos é o seio de uma família bem alicerçada pelo
respeito, pelo amor e pelo afeto ao próximo, grandes conflitos
mundiais serão solucionados, porque todos eles são de
ordem pessoal. Será difícil construir uma rocha, mas colher
migalhas perdidas no caminho será sempre impossível.
Referências Bibliográficas
ZAGURY, Tania. Encurtando a Adolescência. 10. ed. Rio de Janeiro:
Record, 2004.
Os Direitos dos Pais: Construindo Cidadãos em Tempos
de Crise. 8. ed. Rio de Janeiro: Record, 2004.
¹ Essa citação é de autoria de Frederick Douglass (1818–1895), um
abolicionista, estadista e escritor afro-americano.
COMPORTAMENTOS.........
Sheila Cristina de Almeida e Silva Machado
Primeiro dia de aula. Professor novo. Turma pouco afeita ao estudo. No caminho para seus novos afazeres os corredores da escola não parecem nada animadores para o recém-chegado professor. Na sala de aula todos os alunos estão de pé, circulando despreocupadamente, sem qualquer tipo de compromisso com o trabalho que está apenas começando.
Querem falar de outros assuntos, mais próprios e interessantes em sua opinião para pessoas que, como eles, estão em idade para freqüentar o Ensino Médio. Matemática não lhes parece parte integrante dos conhecimentos que necessitam para sobreviver na selva que percebem em seus cotidianos. Jaime, seu novo professor, mal consegue se apresentar, pois é interrompido com menos de 10 minutos em sala de aula pelo acionamento do sinal que faz com que todos os alunos saiam rapidamente da classe.
É apenas mais uma entre várias “brincadeiras” promovidas pelos alunos para interromper o trabalho que está sendo desenvolvido. Numa outra aula, quando as primeiras páginas do livro estavam sendo abertas no capítulo sobre frações e porcentagens, surgem dois novos alunos, atrasados, que trazem consigo justificativas que lhes permitem permanecer na aula.
Nenhum dos dois tem os materiais apropriados e ainda desrespeitam o professor com gestos obscenos. Ao ser interpelado pelo professor no final da aula um dos estudantes diz que não tem qualquer interesse pelo que está sendo ensinado e, além disso, ameaça o professor.
Para desestabilizar ainda mais as aulas de matemática, os jovens amotinados passam a assistir a aula tendo a seu lado outras pessoas que, como eles, não estão dispostos a estudar e que, da mesma forma como os primeiros, querem ameaçar e boicotar os esforços de Jaime. Para piorar ainda mais a situação, entre os outros membros do corpo docente a descrença na capacidade dos estudantes também se faz notar.
Nas reuniões pedagógicas ou mesmo nos intervalos (na sala dos professores), fica claro para o novo professor de matemática que entre seus colegas de trabalho não há nenhuma perspectiva positiva quanto ao futuro de seus novos alunos. Nem mesmo entre os pais a educação é vista como uma possibilidade de crescimento, de amadurecimento e de melhores chances no futuro...
A seqüência de acontecimentos acima descrita poderia retratar fatos ocorridos em qualquer escola do Brasil. Apresenta o que para muitos que trabalham com educação seriam situações corriqueiras, do cotidiano de seu trabalho.
Trata-se, entretanto de um recorte feito a partir do filme “O Preço do Desafio” (Stand and Deliver), do diretor Ramon Menendez, produzido pela Warner Bros em 1988 a partir da história real de Jaime Escalante, um professor de matemática.
Quando nos referimos a Instituição Escolar, não podemos deixar de enfocar essa questão que suscita muitas dúvidas a educadores, diretores, pais e até mesmo a alunos: a indisciplina.
- O que é uma classe indisciplinada?
- O que o professor pode fazer para ter controle perante situações de indisciplina?
No ambiente escolar em que trabalho, as principais queixas dos professores relativamente à indisciplina são: falta de limite dos alunos, bagunça, tumulto, mau comportamento, desinteresse e desrespeito às figuras de autoridade da escola e também ao patrimônio; alguns professores apontam que os alunos não aprendem porque são indisciplinados em decorrência da não imposição de limites por seus familiares; o fracasso escolar seria então o resultado de problemas que estão fora da escola e que se manifestam dentro dela pela indisciplina; de acordo com esses professores, nada pode ser feito enquanto a sociedade não se modificar. Condutas como essas são também observadas em outras instituições particulares e em escolas públicas. Podemos afirmar que no mundo atual a maioria das escolas enfrenta estas questões, que perduram há anos, sofrendo obviamente alterações históricas de acordo com as contingências sócio-culturais.
Atualmente a indisciplina tornou-se um “obstáculo” ao trabalho pedagógico e os professores ficam desgastados, tentam várias alternativas, e já não sabendo o que fazer, chegam mesmo em algumas oportunidades a pedir ao aluno indisciplinado que se retire da sala já que ele atrapalha o rendimento do restante do grupo. Nesses casos, os alunos são encaminhados ao Serviço de Orientação Educacional. Muitas vezes há pressões por parte dos professores para que sejam aplicadas punições severas a esses estudantes.
- Como agir nessa situação? De que forma ajudar?
O que é uma Classe Indisciplinada?
Para iniciarmos uma reflexão sobre essas questões, vamos destacar o que significa a palavra indisciplina a partir de algumas definições quanto ao termo.
Indisciplina – procedimento, ato ou dito contrário à disciplina; desobediência, desordem, rebelião. (Dicionário Aurélio).
De acordo com o sociólogo francês François Dubet (1997), “a disciplina é conquistada todos os dias, é preciso sempre lembrar as regras do jogo, cada vez é preciso reinteressá-los, cada vez é preciso ameaçar, cada vez é preciso recompensar”. Isso nos coloca diante de um antônimo de indisciplina, nos lembrando que o respeito às regras dentro de uma instituição é de fundamental importância para o seu funcionamento pleno e que, conseqüentemente, a indisciplina representa a ameaça pela desobediência às regras estabelecidas. Por isso Dubet ressalta a necessidade dos professores relembrarem as regras e estimularem o seu cumprimento no decorrer do ano letivo.
Segundo o professor Júlio Groppa Aquino: ”O conceito de indisciplina, como toda criação cultural, não é estático, uniforme, nem tampouco universal. Ele se relaciona com o conjunto de valores e expectativas que variam ao longo da história, entre as diferentes culturas e numa mesma sociedade.”
Groppa ressalta que a manutenção da disciplina era uma preocupação de muitas épocas como vemos em textos de Platão e nas confissões de Santo Agostinho, de como a sua vida de professor era amargurada pela indisciplina dos jovens que perturbavam “a ordem instituída para seu próprio bem”.
Os educandos temiam as punições e esse medo levava a obediência e a subordinação. Além de submetidos a uma rigorosa fiscalização, não podiam se posicionar utilizando-se de questionamentos e reflexões. Os professores eram considerados modelos e, em virtude do conhecimento que possuíam, agiam como donos do saber.
“A educação se torna um ato de depositar, em que os educandos são os depositários e o educador o depositante” (Freire, 1998) por isso passa a ser chamada de “educação bancária”. Segundo a educadora Rosana Ap. Argento Ribeiro, “a educação bancária é classificada também como domesticadora, porque leva o aluno a memorização dos conteúdos transmitidos, impedindo o desenvolvimento da criatividade e sua participação ativa no processo educativo, tornando-o submisso perante as ações opressoras de uma sociedade excludente. O papel da disciplina na educação bancária é fundamental para o sucesso da aprendizagem do aluno. Nela, a obediência e o silêncio dos alunos são aspectos importantes para garantir que os conteúdos sejam transmitidos pelos professores”.
Atualmente, nos primeiros anos do século XXI, estamos vivendo num outro contexto. Influenciados por mudanças políticas, sociais, econômicas e culturais, professores e alunos, e mesmo a própria instituição escolar, assumem um papel diferente na sociedade. Nessa nova realidade a educação bancária já não deveria ser aplicada dentro das escolas.
Acredita-se hoje que os professores devem estar mais preocupados com seu aperfeiçoamento, permitindo que seus alunos questionem, tirem suas dúvidas, se posicionem. Enquanto os alunos, por sua vez, têm mais acesso à informação, se consideram livres para questionar, criar e participar. Outro aspecto importante quanto à educação no 3° milênio refere-se ao fato de que a instituição escolar deveria estar mais aberta para a participação dos pais e da comunidade em suas atividades e mesmo, nas propostas curriculares.
François Dubet reforça a idéia de que “os professores mais eficientes são, em geral, aqueles que acreditam que os alunos podem progredir, aqueles que têm confiança nos alunos. Os mais eficientes são também os professores que vêem os alunos como eles são e não como eles deveriam ser”.
Quanto às afirmações anteriores percebo em minha realidade que alguns professores se mostram preocupados quanto a sua formação e prática profissional enquanto uma quantidade expressiva ainda demonstra grande resistência à reflexão e ao aperfeiçoamento do seu trabalho por se considerarem experientes e prontos para o exercício do magistério.
No que se refere aos estudantes é possível verificar que há um grande incentivo da família quanto aos estudos e ao mesmo tempo há um maior acesso a recursos que facilitam e promovem o processo de ensino-aprendizagem, como livros, computadores, internet, revistas, jornais, filmes... Essa circunstância realmente os torna mais críticos, questionadores e participativos. Porém, nem todos conseguem utilizar essas ferramentas de forma consciente e produtiva.
Os pais, por sua vez, comparecem a escola para presenciar a apresentação de trabalhos realizados por seus filhos apenas como observadores, sem posicionamentos mais efetivos e críticos. Há, porém baixo índice de comparecimento nas reuniões solicitadas pela escola, especialmente entre os pais cujos filhos freqüentam turmas da sexta série do ensino fundamental ao ensino médio.
O que o professor pode fazer para ter controle perante situações de indisciplina?
Sabemos que para obter disciplina em qualquer ambiente em que vivemos não podemos deixar de falar de respeito. Segundo Tardeli (2003), o tema respeito está centralizado na moralidade. Isso quer dizer que cada pessoa tem, junto com sua vida intelectual, afetiva, religiosa ou fantasiosa, uma vida moral. E o primeiro a atribuir um significado a moralização e inserir no conceito de ética foi o filósofo Demócrito.
Sabemos que atualmente o papel do professor dentro da escola é muito mais abrangente, pois ele precisa estar atento às capacidades cognitivas, físicas, afetivas, éticas e para preparação do educando para o exercício de uma cidadania ativa e pensante.
Será que sabemos ouvir nossos alunos? O diálogo envolve o respeito em saber ouvir e entender nossos alunos, mostrando a eles nossa preocupação com suas opiniões e com suas atitudes e o nosso interesse em poder dar a assistência necessária ao aperfeiçoamento do seu processo de aprendizagem.
É também compromisso do educador se preocupar com a disciplina e a responsabilidade de seus alunos. Para Piaget (1996), “o respeito constitui o sentimento fundamental que possibilita a aquisição das noções morais” .Conseguimos atingir a responsabilidade, desenvolvendo a cooperação, a solidariedade, o comprometimento com o grupo, criando contratos e regras claras e que precisarão ser cumpridas com justiça.
O professor passa a se preocupar com a motivação de seus alunos, tendo maior compromisso com seu projeto pedagógico e as questões afetivas, obtendo dessa forma uma relação verdadeira com seus educandos. Sob uma visão Piagetiana, o professor que na sala de aula dialoga com seu aluno, busca decisões conjuntas por meio da cooperação, para que haja um aprendizado através de contratos, que honra com sua palavra e promove relações de reciprocidade, sendo respeitoso com seus alunos, obtendo dessa forma um melhor aproveitamento escolar.
Segundo Tardeli (2003), “Só se estabelece um encontro significativo quando o mestre incorpora o real sentido de sua função, que é orientar e ensinar o caminho para o conhecimento, amparado pela relação de cooperação e respeito mútuos”.
Como agir nessa situação? De que forma ajudar?
Não podemos deixar de ter como foco em nosso trabalho o SER HUMANO. Precisamos valorizar as pessoas. Uma frase de Walt Disney ilustra bem essa idéia: “Você pode sonhar, criar, desenhar e construir o lugar mais maravilhoso do mundo... Mas é necessário TER PESSOAS para transformar seu sonho em realidade”. Estamos envolvidos com pessoas em nosso dia a dia: alunos, professores, pais, coordenadores, orientadores e diretores e, por isso, precisamos aprender a trabalhar em equipe para obter uma instituição forte, competente e coesa. A qualidade é obtida através do esforço de todos os seus integrantes, onde cada profissional é importante e cada aluno também. A escola é uma organização humana em que as pessoas somam esforços para um propósito educativo comum.
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